“Em que sociedade estamos? Dormimos, saímos, e até comemoramos o aniversário de nossos próprios inimigos, e com eles. Que ironia! Não, não é ironia. Isso foi o que pudemos entender sobre o caso dos estupros e assassinatos na cidade de Queimadas, na Paraíba” , avalia a psicóloga Jackeline Nunes Alves Farias.
De acordo com ela, os fatos dessa barbárie, “só nos confirmam que estamos em uma sociedade nem tão moderna, nem tão ultrapassada, pelo o machismo, este seria o de menos nesse caso, estamos, entretanto, em uma sociedade onde os sintomas das perversões são vistos com clarezas nos fatos de violência, sejam com crianças, mulheres, homens, etc.”
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Segundo a psicóloga, para o psicopata não é o que é diferente, que me dar o prazer, e sim, ver o sofrimento do outro que me traz esta satisfação, gozo de uma cena prazerosa, e este prazer estaria exatamente em saber, em presenciar a dor daquele que pede para não morrer, como em um filme de terror, que tem como fundo musical, músicas de igrejas para abafar, sufocar os gritos do “abate”.
“A ausência de afeto, de remoço, o planejamento do cenário e das cenas, com requintes de crueldade, típicos dos psicopatas, onde poderíamos intitular tal tragédia, se fosse um filme, claro, e o é, só que da vida real, em psicopatas em ação, e não entendamos como caça e caçador, pois este seria da ordem da sobrevivência, e na psicopatia simplesmente pela ordem do prazer”, finalizou a psicóloga.
Paulo Cosme
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