Tião da Zaeli não se licenciou de empresa privada; Maninho de Barros poderá assumir, em definitivo, comando do município
Fonte: MT24HorasNews
Autor: João Batista de Oliveira
O acúmulo de função é proibido por lei, para evitar abusos à frente do poder público.
Riva comandou uma reunião de cerca de duas horas na Assembleia Legislativa entre "Tião da Zaeli" e o presidente do Legislativo varzeagrandense, o vereador Maninho de Barros (PSD). Os parlamentares do município estariam insatisfeitos com o desempenho do prefeito, que já está há oito meses no cargo.
Durante o encontro, Riva argumentou que o município passou por uma profunda crise política e administrativa que ocasionou em diversos problemas a sociedade. Riva argumentou que o atual prefeito vem promovendo alterações de forma gradativa em busca de recuperar a autoestima da população.
Principal líder do PSD no Estado, Riva citou ainda que "Tião da Zaeli" ingressou na legenda acompanhado de outros seis vereadores - Maninho de Barros, Chico Curvo, Edil Moreira, Isabella Guimarães, Baiano Pereira e Wanderley Oliveira. O partido trabalha a possibilidade de lançar "Tião da Zaeli" a reeleição.
Turbulência
O município foi administrado por três diferentes prefeitos: Murilo Domingos, Tião da Zaeli e João Madureira.Enquanto acumula problemas políticos, Várzea Grande tem mais de 50% dos bairros sem asfalto e sem receber água tratada, diariamente.
Os médicos do município estão em greve desde o dia 06 de fevereiro quando decidiram paralisar as atividades por falta de pagamento da verba indenizatória, que é um complemento no salário dos profissionais. De acordo com o Sindimed, pelo menos a metade dos 340 profissionais está em greve. No Pronto-Socorro de Várzea Grande, apenas os atendimentos de urgência e emergência estão sendo feitos. Nas policlínicas, cerca de 30% dos profissionais estão atendendo os pacientes.
Um profissional da saúde que trabalha no pronto socorro questionou, porque quando o vereador João Madureira exerceu o cargo de prefeito interino imediatamente ele acabou com greve, falaram que ele não tem competência para ser prefeito,agora vem o Tião da Zaeli massacrando os funcionários da prefeitura,resultado queremos Madureira de volta,com o Tião da Zaeli está pior que Murilo Domingos, então que volta Madureira pessoa simples, na época da greve Madureira apresentou uma proposta e motivou os profissionais a retornarem ao trabalho pois foi feito o pagamento da verba indenizatória referente ao mês de fevereiro, conforme o compromisso firmado pelo chefe do Executivo na época Madureira.
Somente o pagamento da verba indenizatória na época representava um valor de R$ 341.208,21 para a prefeitura. Madureira afastou os funcionários fantasmas e supersalários na administração municipal, e garantiu o pagamento conforme o acordo, com Tião da Zaeli nada se resolve.
Diante da inércia do poder público em resolver problemas sociais, Tião da Zaeli esta conseguindo ser pior do que o Murilo Domingos que ambos são grande empresários de sucesso, mas como prefeito deixou a desejar. A prefeitura está cheia de dividas e a cidade um caos, a população cobra mais quando os parlamentares chegam ao gabinete do prefeito o assessor especial do prefeito de Várzea Grande, coronel Orestes Oliveira,que nem conhece ainda todos os vereadores da cidade,vai e pergunta quem é o senhor?o parlamentar se apresenta, e ai tomam um chá de cadeira nada mais e nada menos de 3 três horas de relógio, assim ainda quando o prefeito resolve a falar com os vereadores .
Madureira expõe esquema para pagar “financiadores”Entre R$ 15 milhões a R$ 20 milhões. Este é o montante que alguns grupos políticos, que pretendem lançar candidaturas a prefeito de Várzea Grande, estariam dispostos a gastar para conquistar o poder na cidade. Todavia, essa “dívida” seria paga com dinheiro público. A denúncia foi feita pelo vereador João Madureira (PSC).
Segundo o parlamentar, a grana despejada na campanha eleitoral acaba sendo reembolsada aos financiadores, através de esquemas de desvio de dinheiro público, sob comando dos detentores do poder municipal. Com isso, acaba faltando recurso para educação, saúde e infraestrutura, entre outros setores.
“Quem pega R$ 15 milhões para ser candidato a prefeito, certamente, vai ter que pagar esse valor, de um jeito ou de outro, e vai acabar pagando com dinheiro da prefeitura. Por isso falta remédio, falta educação, as crianças estão sofrendo e os idosos estão na míngua. Quem está sofrendo é a população”, declarou o vereador.
Questionado pela reportagem se esse fato estaria ocorrendo nessa gestão conturbada do prefeito afastado Murilo Domingos (PR) e seu vice, no cargo de prefeito, Tião da Zaeli (PSD), Madureira atribuiu o caos na cidade aos compromissos financeiros feitos durante as últimas eleições.
“Senão, não estaria um caos desses. Quem vai jogar dinheiro fora? Ninguém joga dinheiro fora. Qual empresário que vai investir R$ 15 milhões num Madureira para depois eu ganhar as eleições e não colaborar com ninguém”, afirmou.
Madureira ressaltou que a população precisa “aprender” a votar nos candidatos e não no dinheiro deles, referindo-se à prática da compra de voto. “Isso é a desgraça do povo. A desgraça do município. Quem votar por dinheiro e quem gastar dinheiro na eleição quer é acabar com o município. É o caos que está acontecendo agora”, disse.
Candidatura
João Madureira lançou o nome do presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), engenheiro civil Tarciso Bassan, como pretenso candidato do PSC à prefeitura de Várzea Grande. “Nosso grupo tem bala na agulha, mas para trabalhar. E o nosso nome a prefeito é do Tarciso Bassan. Agora ,vamos iniciar as articulações partidárias”, afirmou.
Trajetória
No início do ano, o então presidente da Câmara de Vereadores, João Madureira, chegou a assumir a prefeitura, após a aprovação do pedido de afastamento por 180 dias do prefeito Murilo Domingos e do vice, Tião da Zaeli. Eles conseguiram na Justiça retornar aos cargos.
No final de junho, Madureira renunciou à presidência da Câmara. Em seu lugar assumiu o então vice-presidente, vereador Maninho de Barros (DEM). Madureira alegou problemas de saúde para deixar o cargo, mas nos bastidores as informações são de que existiria um acordo entre ele e Maninho de Barros.
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