No final da tarde de ontem as 300 detentas do presídio feminino Ana Maria do Couto May fizeram um motim na unidade, em Cuiabá. Após o término das visitas, que finalizaram às 16 horas, as reeducandas tentaram fazer um agente prisional de refém, mas a Polícia Militar interveio e conseguiu controlar a ação.
Revoltadas pela tentativa frustrada de fazer uma rebelião, as mulheres atearam fogo em colchões. Contudo, em menos de 15 minutos o fogo já tinha sido controlado.
Até o fechamento desta edição nenhuma notícia de feridos tinha sido registrada pela assessoria de comunicação da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.
Os motivos que levaram as detentas a praticar tal ato seria o reforço nas revistas dos visitantes e no próprio interior do presídio. Além disso, a unidade decidiu por cumprir a Lei de Execução Penal, que exige a separação de celas entre as presas condenadas e as provisórias.
Existem cerca de 16 crianças vivendo dentro do presídio, já que muitas mulheres foram presas ainda gestantes e, segundo as reeducandas, estaria faltando leite e fraldas para seus filhos. Essa afirmação foi refutada pela assessoria de comunicação da secretaria, que afirmou que não falta nenhum tipo de mantimento no local.
“Nós reforçamos a segurança porque estava entrando muita droga e celulares. Elas não gostaram e esse foi a única motivação para o motim”, garante a representante do órgão.
A equipe do Conselho Penitenciário estava no local na noite de ontem fazendo uma revista minuciosa para tentar localizar drogas, armas e celulares. No presídio feminino Ana Maria do Couto existem 107 condenadas e 193 detentas provisórias.
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