Apesar da decisão judicial que tirou de três suplentes de vereador filiados ao PSD a chance de ocupar uma vaga na Câmara de Peixoto de Azevedo para beneficiar um progressista, o PSD não deve perder o sono devido ao mandado de segurança no STF impetrado por Nery Geller (PP), segundo colocado na lista de suplência na Câmara Federal, requerendo a vaga iminente de Roberto Dorner (PSD).
O deputado federal Eliene Lima, presidente do diretório do PSD em Cuiabá, justifica a tranquilidade afirmando já ter visto casos semelhantes que não resultaram em decisões favoráveis àqueles que as impetraram. Segundo ele, o PSD sequer cogita a possibilidade de se reunir para debater o problema. “Quem tem que se reunir são eles, que estão com esse objetivo. Se nós tivermos algum prejuízo é que vamos nos sentar para ver o que fazer”, diz.
Este não é o primeiro atrito entre o PP e o PSD. A indisposição entre os partidos, em especial, entre o presidente da Assembleia, articulador do PSD em Mato Grosso, deputado José Riva, e o presidente do diretório estadual do PP, Pedro Henry, secretário de Estado de Saúde, teve início com a disputa pelas vagas na Câmara Federal.
Apesar das negativas de ambos os lados, Riva e Henry se afastaram ainda mais depois que Eliene resolveu deixar a pastas de Ciência e Tecnologia no Palácio Paiaguás para retornar ao Legislativo. A justificativa era debater a destinação das emendas no Orçamento Geral da União (OGU) para 2012. A decisão, no entanto, deixaria o PSD com dois representantes no Congresso e o PP, sem nenhum, já que o suplente a perder a vaga seria Geller, que na última hora desistiu de migrar do PP para o PSD.
O problema foi resolvido quando Henry também decidiu voltar à Câmara. (LN)
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