O soldador Luiz Fernando Xavier Mantovani, 23, vai sentar no banco dos réus e será julgado pelo assassinato do pedreiro Rolando de Jesus Santana, 43, mais conhecido como Padinha, ocorrido no final de março do ano passado.
Decisão é do juiz Décio Divanir Mazeto, da 3ª Vara Criminal. Na sentença, que tem quatro páginas, o magistrado ponderou sobre a argumentação de legítima defesa defendida pelo acusado, mas acolheu a tese apresentada pelo Ministério Público e determinou que Mantovani seja submetido à júri popular.
“É verdade que as provas revelam a existência de uma possível legítima defesa própria, eis que, tão logo entrou no banheiro, o réu foi seguido pela vítima, tendo este pretendido agredi-lo com uma garrafa. A retorção foi imediata com o acionamento do revólver que trazia consigo”, fala em um trecho.
“Todavia, não compete ao juízo singular a profunda análise da prova neste momento processual. Se é certo ter ocorrido a legítima defesa, esta deverá ser avaliada com a segurança do Tribunal do Júri. Por outro lado, a futilidade do crime também está presente, pois nada justificaria agressão tão violeta em razão de uma discussão banal”, completou Mazeto, em sua decisão.
Mantonavi será julgado por homicídio qualificado (motivo fútil) e pode pegar até 20 anos de prisão em regime fechado. Ainda não há data para o julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 26 de março, por volta das 23h50, o soldador atirou duas vezes - na cabeça e nas costas - contra a vítima no momento em que ela deixava banheiro de bar no Santa Paula, zona sul da cidade, em crime motivado por um desacerto comercial após a compra de uma arma de fogo.
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