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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Suspeita de enriquecimento ilícito muda rumo de investigações na "Cartas Marcadas"

Por: MARCOS LEMOS
Fonte: Gazeta

Propriedade em nome da mulher do deputado Gilmar Fabris, Anglisey Volcov, estaria nas investigações sob suspeita de enriquecimento ilícito
Propriedade em nome da mulher do deputado Gilmar Fabris, Anglisey Volcov, estaria nas investigações sob suspeita de enriquecimento ilícito
Foto de Marcus Vaillant
As investigações cíveis de suposta fraude em cartas de crédito emitidas pelo governo do Estado, e que estão sob investigação da Delegacia Fazendária (Defaz), vão tomar um novo rumo a partir de agora e passarão à esfera criminal para apuração de enriquecimento ilícito elavagem de dinheiro por parte dos investigados. A decisão foi tomada após o cumprimento dos 14 mandatos de busca e apreensão e dos 6 mandados de prisão que levaram os delegados fazendários, sob o comando de Lindomar Tóffoli, a notar a incompatibilidade patrimonial dos investigados em relação aos seus ganhos salariais. Dois casos estão na mira da Polícia Judiciária Civil. O do vereador de Torixoréu (518 km de Cuiabá), Elmo Pimentel, que é presidente do Sindicato dos Agentes de Administração Fazendária (AAF), e teria bens móveis e imóveis acima de sua condição financeira. Outro é o de Anglisey Battini Volcov, esposa do deputado Gilmar Fabris (PSD) e cunhada do advogado Ocimar Carneiro de Campos, um dos presos na operação que investiga a emissão de R$ 253,7 milhões a maior em cartas de crédito que deveriam totalizar R$ 382,5 milhões, mas acabaram somando R$ 636,2 milhões.

Uma suposta propriedade em nome de Anglisey, em Sertãozinho (SP), estaria avaliada entre R$ 10 e R$ 15 milhões e a Defaz teria documentos mostrando que ela trabalharia no escritório de advocacia de Ocimar e teria negociado 36 cartas de crédito no valor de R$ 9,954 milhões com a Agrenco do Brasil, empresa do ramo do agronegócio.

As cartas de crédito foram destinadas à quitação de débito tributário para com o Estado de Mato Grosso, sendo que a Agrenco  aparecem como a maior compradora entre os 12 maiores contribuintes que somam R$ 96,2 milhões em cartas de crédito emitidas para os AAF e em processo de compensação na Procuradoria Geral do Estado (PGE). O problema é que a empresa não teria honrado os pagamentos e por isso o negócio teria sido desfeito.
O advogado de Gilmar Fabris, Paulo Budóia, disse que não é crime ter propriedade, nem chácara e disse que neste processo.

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