Glaucia Colognesi
Ao rebater as críticas do presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) Meraldo Sá (PSD) sobre a sua gestão, o ex-gestor da instituição e prefeito de Jauru Pedro Ferreira (PSD) afirma o colega o reprova porque não tem trabalho para mostrar. "Quando a gente não consegue fazer muita coisa, joga a culpa no administrador anterior", alfinetou Pedro, ao contrapor as declarações de Meraldo sobre a sua falta de capacidade de articulação para convencer o ex-governador Blairo Maggi (PR) a executar projeto que prevê a melhor distribuição do ICMS. Meraldo culpou o ex-gestor pela insatisfação dos prefeitos com a partilha do “bolo”. De acordo com o presidente, o então governador Maggi estava disposto a distribuir 25% dos 70% do Fethab, que ficam sob a tutela do Paiaguás, para os municípios, mas Pedro não "bateu o pé". Meraldo argumenta que agora Silval Barbosa (PMDB) alega não ter dinheiro devido à demanda de recursos que precisam ser investidos nas obras da Copa de 2014.
Em contrapartida, Pedro Ferreira dispara que a desculpa de Meraldo é pura lorota. "É tudo mentira! Na época em que eu presidia a AMM o Estado arrecadava R$ 8 bilhões por ano, hoje são R$ 12 bilhões. Então a situação financeira de Mato Grosso é muito mais favorável", pontuou.
O ex-presidente afirma ainda que quem não fez o mínimo esforço em prol dessa ideia foi o seu antecessor, José Aparecido dos Santos, o Cidinho (DEM), que é do mesmo grupo de Meraldo. "Em audiência Pública ele disse que o dinheiro seria melhor administrado pelo governador", alfineta.
O ex-presidente da AMM pondera também que enquanto esteve na presidência da AMM fez tudo o que estava ao seu alcance para emplacar a proposta, até um estudo mostrando as desigualdades na divisão do bolo tributário. Ele justifica que pegou a instituição num momento difícil, porque Maggi estava no fim de mandato e já não fazia mais compromissos porque ficariam para o próximo gestor. Além disso, Pedro diz que não conseguiu aprovar a ideia por conta de resistência da Assembleia. Contudo, um dos principais defensores da proposta é justamente o presidente do Legislativo José Riva (PSD).
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