Romilson Dourado
Com seu estilo populista, ele vai estar de volta, inclusive fazendo barulho, na campanha a prefeito de Várzea Grande. O empresário, jornalista e apresentador de TV Maksuês Leite (PP) segue numa articulação desenfreada para apagar a imagem negativa do pleito de 2008 e ganhar visibilidade eleitoral. Seu nome já figura entre os mais cotados para o Paço Couto Magalhães. Conta com um trunfo. Transformou em palanque eletrônico o seu programa televisivo "Comando Geral", que apresenta em sua própria emissora, a TV Cuiabá (Rede TV!), sintonizado no canal 47. Quase toda a programação local está voltada a, de alguma forma, mencionar o nome do ex-deputado em alguma ação positiva. Maksuês planeja também ampliar o Ação Geral, trabalho de assistencialismo que desenvolve nos bairros.
A menos de 10 meses para as eleições, a lista de pré-candidatos a prefeito está "inflacionada". O PP conta com Maksuês. O PMDB se divide entre o deputado Walace Guimarães e o secretário estadual das Cidades Nico Baracat. O recém-criado PSD aposta na reeleição do prefeito Tião da Zaeli. O PT já adiantou que conta com dois virtuais concorrentes, o médico Alencar Farina e a sindicalista Cida Cortez. O DEM dos irmãos Júlio e Jayme Campos se movimentam por projeto próprio. A tendência é do senador e ex-prefeito entrar no páreo porque seria a maior segurança do grupo de reconquistar o poder.
Cada pré-candidato mira para um determinado segmento. Maksuês atira para todo lado. Depois do prefeito cassado Murilo Domingos (PR), o ex-parlamentar elegeu o governo Tião como espécie de "saco de pancada". O seu programa na TV é marcado por denúncias de irregularidades na administração e traz matérias sobre problemáticas e falta de estrutura nos bairros. Maksuês, por outro lado, não quer nem saber de lembrar da equivocada aliança política feita em 2008 com Júlio Campos, que o cooptou para o palanque, mesmo ambos sendo adversários. Morreram abraçados nas urnas, com Júlio de prefeito e a esposa de Maksuês de vice. Ajudaram a "ressuscitar" Murilo, que garantiu a reeleição. Agora, três anos, eis que reaparece Maksuês, se mostrando mais maduro político, mas com as mesmas práticas, a do ataque.
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