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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Policia:Taxista é executado na Cachoeira do Meirim

Corpo do taxista Ernandes José (Emergencia190)
Reportagem: Wadson Correia
Imagens: Deninho Ferreira
Numa rápida ação das equipes do 5° Batalhão da Polícia Militar (PM), quatro pessoas, sendo duas mulheres, foram presas na manhã desta terça-feira (27) acusadas de crime de latrocínio. Os presos são acusados de executar, com um tiro no rosto, o taxista Ernandes José dos Santos, 57. O corpo foi localizado pela Polícia, no Rio do Meio, na Cachoeira do Meirim, região do complexo Benedito Bentes, em Maceió. Este é o sétimo taxista morto em Maceió, só este ano. LEIA AQUI
Os assassinos foram identificados como sendo Josenilton Oliveira dos Santos, 19, conhecido pelo apelido de "Jojó"; Charles Wanderley da Silva, 18, e as garotas de programa Esmeralda Elaine Bezerra da Silva, 24, e Keyth Alaine Silva Albuquerque, 21. Todos foram presos quando andavam a pé por uma estrada de barro que liga a Usina Caetés ao município de Messias.
De acordo com a Polícia a quadrilha, antes de matar o taxista, assaltou o motel “Lua de Mel” localizado em um dos trechos da Avenida Juca Sampaio, no bairro do Jacintinho. Do local foram levados dois aparelhos de televisão, quatro caixas de cerveja, duas garrafas de vinho, cinco garrafas de champagne, dinheiro e os controles das câmeras de segurança. 
ASSISTA AO VIDEO PARTE 01
 Segundo relatos dos suspeitos, em entrevista exclusiva ao EMERGENCIA190, primeiro eles assaltaram o taxista, que supostamente foi levado à força até o motel, dentro do carro que dirigia, o Fiat Uno, branco, placa MVC 4275/AL. Após roubarem o estabelecimento e manterem uma funcionária como refém, os bandidos amarraram José Severino com lençóis das camas do motel e seguiram até as proximidades do Rio do Meio, onde praticaram o homicídio. Na fuga, a quadrilha bateu com o carro, que ficou parcialmente destruído. Revoltados, Josenilton e Charles deram vários disparos contra o veículo, fato que chamou a atenção de um grupo de trabalhadores rurais que informaram a Polícia.
Ao ser preso Josenilton, que inicialmente disse que seu nome era Jonathan, chegou a falar que o Fiat era de seu pai, versão desmentida logo após os policiais confrontarem o nome que consta como genitor na Carteira de Identidade do suspeito com o do documento de licenciamento do carro, que havia sido localizado pela PM. Duas tatuagens em Jonatas chamaram a atenção. A primeira, em um dos braços, faz menção a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Outra tatuagem, nas costas, diz: “Só Deus pode me julgar”.
Com Esmeralda os policiais encontraram um revolver calibre 38 que, segundo ela, foi dado como pagamento pelo “programa” com Charles, acusado de ser o autor dos disparos que mataram o taxista.
A confirmação do crime somente foi possível após os policiais localizarem a Carteira de Trabalho de Ernandes, que estava de sunga, já morto dentro do rio. Mas a morte do profissional levantou muitas dúvidas. No local, onde o corpo foi encontrado, havia várias latas de cerveja, preservativo e crack, levantando a hipótese de que o taxista pode ter sido vítima de uma “cocó”.
Dentro do carro também foram encontradas latas de cerveja. A Polícia também não descarta a possibilidade das duas jovens terem sido usadas para manterem relações com o taxista enquanto os dois comparsas se aproximavam e o mataram. Outra hipótese é que a vítima conhecia a quadrilha e pode ter tido uma discussão sendo morto no local.
Um dos policiais, que esteve na cena do crime, admitiu que devido ao corpo de Ernandes José ter sido encontrado dentro do rio, de sunga, e várias latas de cerveja próximas, é um fato incomum para um crime de latrocínio.
A Polícia confirmou que “Jojó” participou da morte do professor de história Ezequias Rocha Rego, 55, encontrado assassinado dentro do apartamento que morava, no conjunto Alfredo Gaspar de Mendonça, no bairro de Jacarecica, orla de Maceió. O crime foi registrado na madrugada do dia 11 de novembro deste ano. "Jojó" e o comparsa, apenas identificado pelo nome Eivelton, vulgo "Nem" teriam passado a madrugada bebendo no apartamento do professor, que foi morto a golpes de faca. Do imóvel eles levaram vários pertences. A dupla também é suspeita de ter participado de um outro assassinado verificado na pista nova que liga os bairros do Jacintinho ao Feitosa.
Ouvidos pelo delegado de plantão, Aides Ponciano Júnior, na Central de Polícia, os quatro foram indiciados por formação de quadrilha, roubo qualificado e homicídio.

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