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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Câmara abre CPI contra vereador em Barra do Garças

De Barra do Garças - Ronaldo Couto
OLHAR DIRETO
Foto: ReproduçãoMiguelão afirma que a CPI é perseguição políticaMiguelão afirma que a CPI é perseguição política
Por seis votos a quatro, a Câmara Municipal de Barra do Garças abriu uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar denúncia contra o vereador Miguelão Moreira da Silva (PSD) de que a empresa que ele é sócio teria recebido R$ 70 mil da prefeitura sem prestar o serviço em dezembro de 2008. A denúncia foi apresentada pelo morador Welquis da Silva.

Miguelão nega que houve irregularidade e atribui abertura da CPI a perseguição política. “Como sou vereador de oposição, essa CPI foi aberta pelo grupo do prefeito que tem sete dos 10 vereadores da Câmara”, disparou Miguelão. O parlamentar explica que a mesma denúncia foi feita procuradoria da prefeitura ao Ministério Público com uma ação criminal que foi arquivada depois. “Mesmo com arquivamento querem criar um fato para me prejudicar politicamente”, completou.

O parlamentar explica que o serviço foi contratado na época do ex-prefeito Zózimo Chaparral (PC do B), mas quando Farias assumiu a prefeitura em janeiro de 2009 mandou suspender o pagamento e ainda denunciou a empresa. Miguelão acrescenta que na época não era vereador e que é um dos quatro sócios da empresa.

O vereador Sávio Carvalho (PSD) que foi escolhido para membro da comissão disse que votou contra e entende que a CPI tem motivação política. “A minha preocupação é fazer um julgamento político e não jurídico contra Miguelão”, disse Sávio. O parlamentar desafiou também os vereadores Antônia Jacob, João Jajá e Celson Souza que são da bancada do prefeito e o procurador Edmar Júnior para um debate na TV.

O vereador Odorico Kiko (PT) lamentou atitude dos demais vereadores, que segundo ele, abriram a CPI para agradar ao prefeito. A primeira votação que definiu o voto secreto para forma da CPI terminou com o placar 7 a 3.

A CPI terá um prazo de 60 dias para apurar o fato e será presidida pela vereadora Andréia Santos, relatora Miriam Lacerda e membro Sávio Carvalho. Os trabalhos terão início em fevereiro de 2012. 

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