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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

“Não sou porcaria e não levo desaforo para a casa”

  • Adjunto Marcelo Padeiro confirma briga pessoal com bacharel, dentro da secretaria


  • Edson Rodrigues/Secopa 

    Secretário-adjunto da Infraestrutura de Secopa, Marcelo Padeiro, diz que não leva desaforo para casa

    DA REDAÇÃO

    O secretário-adjunto de Infraestrutura da Secretaria Extraordinária da Copa 2014 (Secopa), Marcelo "Padeiro" Oliveira, deu sua versão sobre a discussão ocorrida hoje (9), no final da manhã, com o bacharel em Direito Benedito Almeida. "Não teve esse negócio de porrada e pontapé", afirmou.

    Apesar de negar a agressão, testemunhas disseram que o secretário deu um soco no pescoço de Almeida, na recepção da secretaria, na Avenida Lavapés, no bairro Duque de Caxias. "Eu só o empurrei", disse Padeiro.

    Segundo o secretário, ele fez um negócio há oito anos com Almeida, mas não quis dizer especificamente qual o tipo de transação.

    "Ele foi procurar o Djalma Mendes [também secretário-adjunto na Secopa] para falar de mim. Então, eu fui até a sala do Djalma e convidei esse rapaz, que fez um negócio comigo, para falar diretamente comigo, na minha sala", explicou Padeiro.

    Após se desentenderem, ao tratar da transação feita por ambos, ele contou que Almeida saiu gritando de sua sala.

    "Ele saiu esbravejando, falando alto... Daí, escutei ele me chamando de bandido e sem-vergonha. Porcaria, eu não sou. Então, ele que tome a atitude que tiver que tomar no campo jurídico, mas vir aqui, no meu ambiente de trabalho, e me xingar já é demais", observou.

    "Não sou nenhum porcaria. Ele sabe disso, já convivemos muitos anos. Eu, nesse processo, não ia ser o vagabundo da história. Não mexo com dinheiro público, minha vida é um livro aberto, todo mundo me conhece...", completou o secretário.

    Empurrão

    "Então eu desci e falei para ele que ali não era ambiente pra discutir, só isso. E empurrei ele. Não teve nada, não teve soco, pontapé, nada... Mas, aí as pessoas levam pra outro lado... Tô cansado disso. Não sei se é porque a pessoa, quando é honesta, sincera, não é hipócrita. As pessoas... Cada um tem que respeitar o modo de ser. Não sei levar desaforo pra casa, isso faz muito mal", disse Marcelo Oliveira.

    O secretário-adjunto afirmou, ainda, que a questão deve ser resolvida pela via judicial. "Não posso ficar escutando o cara falando alto. Meu problema não é dado como encerrado, nada disso. É outro tipo de briga; se resolve na Justiça, quem se acha prejudicado, resolve lá. Não adianta ir procurar Djalma... Nem sei o que ele falou com o Ddjalma", afirmou.

    "No pau"
    O secretário-adjunto de Infraestrutura da Secopa não quis revelar qual a questão levou ao desentendimento com o colega. "É uma questão de negócio, é um problema. Pronto, acabou. Não envolve obra, cheque... Começou há oito anos, é antigo... Agora, se ele tá se achando prejudicado, que procure a Justiça, e não vai no meu trabalho falar com meu colega", assinalou.

    "Não me ofenda... É mesma coisa que o cara colocar que eu sou ladrão. Não vou discutir com o cara na Justiça, vou atrás dele, onde ele tiver, pra ele provar no pau... Porque acho que, quando fala, tem que ter prova. Não aceito isso, não aceito o cara me chamar de bandido, sem vergonha... Tenho outra criação", completou.

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