DA REDAÇÃO
Arquivo Pessoal |
Toni Bernardo, ex-aluno da UFMT, foi morto no dia 22 de setembro, por espancamento; são acusados da agressão dosi policiais militares e um empresário |
A posição do advogado dos policiais militares, após 12 dias da morte de Toni Bernardo, gerou insatisfação entre amigos do estudante que moram em Brasília, que temem a impunidade dos militares e do consultor.
A morte do ex-estudante de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Toni Bernardo da Silva, na pizzaria Rola Papo, localizada no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, no dia 2 de setembro, envolveu dos policiais militares, Higor Marcell Mendes Montenegro e Wesley Fagundes Pereira, ambos de 24 anos e o consultor Sérgio Marcelo Silva da Costa, de 21 anos, filho de um delegado aposentado da Polícia Civil.
A alegação do advogado de defesa dos PMs, Ardonil Gonzalez na manhã deste sábado (01), é de que seus clientes agiram conforme determina a lei. “Os PMs no exercício da obrigação que a lei impõe a eles intervieram, porque estava acontecendo a prática de um crime. Entendo que não houve exagero nenhum. O que ele fizeram foi imobilizar”, afirmou o advogado de defesa.
Para o jornalista João Negrão, integrante da União de Negros pela Igualdade (Unegro) e amigo de Toni, a tentativa do advogado é colocar o estudante como um bandido, mesmo ele estando morto, porém não há questionamentos da atitude por parte dos policiais.
“Ainda não sabemos quem são esses policiais. Qual o rosto deles? O que eles são? Porque estão sendo protegidos pela polícia?”, indagou. “Mataram primeiro, e agora querem comprovar que Toni era bandido, mas no Brasil não existe pena de morte, mesmo assim ele mereceu morrer?”, complementou o jornalista.
A ex-namorada e amiga de ex-estudante da UFMT, Liz Andrea Ferreira, disse que as investigações devem ser feitas com rigor. “Reforço a ideia de que o caso deve ser apurado pela Polícia Federal, dado os conflitos de interesses das partes envolvidas”, declarou Lis Andreia.
A Unegro acompanha o caso em Brasília e está empenhada a não deixar o caso impune. João Negrão esteve com parlamentares para pedir providências por parte do governo brasileiro para que as investigações sejam feitas e o julgamento pela justiça federal.
“Acredito nas investigações por parte da Polícia Civil, mas nós corremos o risco do desvio no desenvolvimento das investigações e se isso ocorrer eu acredito na federalização do caso (passando a ser acompanhado pela PF)”, concluiu João Negrão.
“Acredito nas investigações por parte da Polícia Civil, mas nós corremos o risco do desvio no desenvolvimento das investigações e se isso ocorrer eu acredito na federalização do caso (passando a ser acompanhado pela PF)”, concluiu João Negrão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário