Valérya Próspero
Após a reclamação de alguns vereadores cuiabanos quanto à opinião desfavorável do colega Lúdio Cabral (PT) em relação ao aumento do número de cadeiras na Casa, o projeto foi aprovado por 17 votos favoráveis, um contrário e uma ausência. Acostumado a fazer uma reflexão distinta da dos colegas em diversos assuntos na Câmara, o petista foi o primeiro a falar na tribuna. Desta vez, ele votou contrário ao aumento de 19 para 25 parlamentares sob alegação que a Câmara não é obrigada a acrescentar mais cadeiras, já que a nova legislação federal estipula apenas o limite máximo que pode ser implementado a partir de 2013.
Lúdio argumentou que cada vereador custa R$ 34 mil mensais e, mesmo que o duodécimo não aumente, as despesas diretas ou indiretas vão ter incremento pela necessidade de acomodação dos novos parlamentares. No final do ano, também será votado o aumento nos salários que passarão a vigorar a partir da próxima legislatura. Lúdio sustenta que os cuiabanos são contrários ao aumento de cadeiras na Câmara.
Os vereadores Clóvis Hugueney, o Clovito, Edivá Alves, Everton Pop, Deucimar Silva (PP) e o presidente da Câmara, Júlio Pinheiro, tomaram a palavra em defesa do incremento no número de parlamentares. Inconformados com o posicionamento de Lúdio, eles insistiram que não haverá mais gastos. “Aqui cabiam 24 deputados antes, por que não caberiam 25 vereadores? Isto não é justificativa. E enquanto os outros lá em cima recebem muito, nós temos que esperar dois anos para ter aumento de salários”, analisa Clovito.
Deucimar disse que a Câmara vem diminuindo os gastos. “Antes eram repassados 5% do orçamento da prefeitura, agora são 4,5%, diminuiu R$ 1,2 milhão. Então o aumento das despesas será quase insignificante”, argumenta.
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