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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

SORRISO MT:MT24HORASNEWS É DE SORRISO:Vereador afastado vê injustiça e mostra despacho que o inocenta


Romilson Dourado

Chagas Abrantes   O empresário, apresentador de TV e vereador afastado de terceiro mandato por Sorriso, Francisco Chagas Abrantes (PR), está inconformado com o que chama de armação política para prejudicá-lo. Vê a imagem manchada injustamente. Ele foi um dos que ficaram presos por alguns dias em junho, sob acusação de chantagem, coação e formação de quadrilha contra o prefeito Chicão Bedin (PMDB). As investigações, marcadas por quebra de sigilo telefônico, foram conduzidas pelo Gaeco. Também acabaram denunciados e presos os vereadores Gérson Luiz Frâncio e Roseane Marques de Amorim, além da esposa de Chagas, empresária Filomena Maria Alves.
   Em entrevista ao RDNews e ao RDTV, Chagas rompeu o silêncio. Apresentou uma série de documentos. Disse que nas gravações onde comenta sobre negociação financeira, em verdade, estava se referindo a contratos publicitários de sua empresa, a TV Sorriso (afiliada da Record). Afirma que "está provado" sua inocência e exige reparação de danos, com promessa de processar todos que acusaram-no. Ele voltou a apresentar o programa Cidade Alerta e luta na Justiça para reassumir o posto de vereador. Quer se firmar também como pré-candidato a prefeito.
   Em seu despacho, quando concedeu liminar ao pedido de habeas corpus de Chagas, estendendo os efeitos para os demais acusados, o desembargador-relator Manoel Ornellas, do Tribunal de Justiça, afirma quem preside a Vara de Crime Organizado em Cuiabá invadiu competência dos juízes da Comarca de Sorriso. "O sistema judiciário do Estado regido pelo Coje-MT e provimentos editados pela Corte Plena não dá competência à autoridade coatora, que só tem jurisdição em Cuiabá, para decretar prisão preventiva contra réus denunciados por crimes que praticaram na Comarca de Sorriso", escreve Ornellas.
   Em outro trecho, ele cita que "(...) Nota-se que nele (decreto de prisão preventiva) a juíza analisa a ofensa à ordem pública baseado em fatos aleatórios, inclusive a respeito da paciente (no caso Filomena) nesses autos que, na condição de proprietária de uma empresa de televisão, buscou apenas angariar produtos para sua firma e intervir em favor do grupo que desenvolve o distrito de Primaverinha" e ainda mencionou que não se trata do município de Primavera, como interpretou o Ministério Público. O magistrado enfatizou ainda que "(...) escutas telefônicas não têm a credibilidade eficiente para essa finalidade". "Portanto, de imediato, nota-se a incompetência dos juízes que atuaram no processo (...)".
   Com base na manifestação do desembargador Ornellas, Chagas diz estar convicto de sua inocência. Assegura que em vários trechos dos diálogos transcritos pelo Gaeco, braço-direito do MPE, sua fala fora distorcida e insinua que houve tentativa de "queimá-lo" porque passou a se despontar nas pesquisas de intenção de voto para prefeito.

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