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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Silval Barbosa (PMDB):Governo de MT assina acordo para retomada do gás natural boliviano


a Editoria - Marcos Coutinho/Da Redação - Julia Munhoz
Foto: Reprodução/IlustraçãoGoverno de MT assina acordo para retomada do gás natural boliviano
O governo de Mato Grosso e a Petrobrás conseguiram fechar, há pouco no Rio de Janeiro, um contrato com o governo da Bolívia cujo resultado será a retomada do gás natural daquele país para a Termelétrica Mário Covas, localizada no Distrito Industrial de Cuiabá. Administrada pela Pantanal Energia, a usina voltará a gerar energia no próximo dia 27, após quatro anos com problemas no fornecimento e suspensão das atividades.

O contrato foi assinado pelo governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), pelo secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, e representantes da Petrobrás e do governo boliviano e prevê o envio de 2,2 milhões de metros cúbicos de gás natural para a térmica, permitindo o retorno do empreendimento, que pode chegar a gerar até 480 megawatts (MW), ou até 70% da demanda estadual por energia.

“Já estamos totalmente preparados para a retomada das operações. Ter a térmica de Cuiabá funcionando significa garantia de confiabilidade elétrica para todo o estado e uma importante contribuição à segurança energética nacional, além de assegurar sustentabilidade ao fornecimento de gás natural para Mato Grosso”, observa o diretor presidente da Pantanal Energia, Fabio Garcia.

Desde março de 2011, a Petrobras é a titular da energia a ser gerada pela térmica de Cuiabá. Essa parceria foi necessária para viabilizar o retorno no fornecimento de gás natural boliviano para o Estado. A Pantanal Energia continua sendo a proprietária da UTE Cuiabá e seguirá à frente da operação e manutenção do empreendimento, informou a assessoria.

Entenda o caso

Em 1997, Empresa Produtora de Energia (EPE) ou Pantanal Energia (nome fantasia) ganhou uma licitação realizada pela Eletronorte para a construção de uma termelétrica no Mato Grosso, fechando um contrato de 21 anos com preços fixos e pré-determinados. Pelo acordo, a usina deveria gerar energia em sua capacidade plena a qualquer momento em que fosse solicitado pela estatal, salvo em eventos extraordinários ou em manutenção.

Em 1° de maio de 2006, Evo Morales, recém-eleito presidente boliviano, publicou o decreto supremo 28.701, repassando para a estatal YPFB propriedade, posse e comercialização do gás natural boliviano. O decreto estabeleceu que as empresas que exploravam ou exportavam gás natural na Bolívia teriam 180 dias para subscrever contratos juntos à YPFB.

As medidas de nacionalização na Bolívia obrigaram a térmica de Cuiabá a assinar contrato de fornecimento de gás junto à YPFB e em dezembro de 2006, iniciaram-se as negociações junto à empresa.

No decorrer das negociações, a Bolívia passou a ter dificuldades para suprir todos os mercados de gás natural por ela atendidos. Diante da situação, o fornecimento de gás a Cuiabá foi interrompido totalmente em 26 de agosto de 2007.

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