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sábado, 17 de setembro de 2011

PMDB:Silval anuncia até 4ª fim da Agecopa e criação de uma secretaria especial


Romilson Dourado


Governador Silval Barbosa acaba com Agecopa e cria secretaria extraordinária ou especial, a ser conduzida por Eder de Moraes
   Desde quando assumiu a cadeira de governador, há um ano e cinco meses, Silval Barbosa vem batendo cabeça sobre o modelo de gestão da Agecopa e, de tanto enfrentar embaraços nos projetos, decidiu neste sábado, a exato mil dias da Copa-2014, extinguir a autarquia e criar uma secretaria extraordinária ou especial. O blog apurou que ele deve fazer o comunicado oficial entre segunda e quarta. Com essas mudanças, o governador deve manter Eder, agora como secretário. Estuda o que fará com os seis diretores: Roberto França (Comunicação e Marketing), Yuri Bastos (Assuntos Estratégicos), Jefferson de Castro (Orçamento e Finanças), Agripino Bonilha (Mobilização Social e Voluntariado), Yênes Magalhães (Planejamento e Articulação Interinstitucional) e Carlos Brito (Infraestrutura). Uma das possibilidades é empregá-los na estrutura da administração como adjuntos.
   Silval chegou a ser orientado pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR) quanto à extinção da Agecopa desde fevereiro deste ano. Na época, o parlamentar expôs os conflitos entre os diretores por causa do regime colegiado, em que todos queriam mandar e não se chegavam a um acordo, além da inércia, com ausência de obras e ações - saiba mais aqui. Um levantamento feito por Emanuel junto as outras 11 cidades-sedes do Mundial de 2014 serviu de base para o Palácio Paiaguás alterar algumas regras, dando autonomia para o governador interferir diretamente nos projetos e exonerar membros da diretoria, se assim entender.
    A briga entre o presidente Eder e o diretor de Infraestrutura Carlos Brito foi mais um motivador para Silval optar pelo fim da Agecopa. Criada na gestão Blairo Maggi, a autarquia emprega hoje cerca de 100 pessoas, incluindo aquelas em cargos comissionados e os cedidos pelo Estado, e detém orçamento anual de R$ 250 milhões. Em princípio, o governador estava resistente à mudança porque achava que os projetos encaminhados na época de Maggi às instituições financeiras, principalmente sobre o modal de transporte, dependeriam da existência da Agecopa, uma vez que esta fez parte dos acordos oficiais para obtenção de financiamento. Eis que agora, Silval, após consulta técnica e junto à Caixa Econômica e BNDES, descobre que o responsável pelos projetos é o governo estadual, ou seja, todo financiamento precisa ter necessariamente a chancela do Estado.
   Diante disso, o governador decidiu, então, acabar com a Agecopa. Vai criar uma secretaria especial ou extraordinária ligada diretamente a seu gabinete, "enxuta" e com autonomia para conduzí-la da maneira que bem entender, sem os trâmites burocráticos exigidos às autarquias especiais para destituição de seus dirigentes, que hoje têm mandatos fixos e necessitam de aprovação de dois terços da Assembleia para serem desligados da Agecopa. Isso, para o governador, é um entrave, já que o governo luta contra o tempo para efetivação das obras.
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