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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sorriso News:“Partido político não é SINE. Nós estamos privatizando a República”, diz senador Pedro Taques


: VG Notícias
“O Senado Federal precisa cumprir sua função de elaborar leis e fiscalizar o poder Executivo”, defendeu o senador.
 

Em audiência pública para debater o combate a corrupção e a imunidade, realizada nesta terça-feira (23.08), pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, o senador Pedro Taques (PDT) diz que falta vontade política do Senado e da Câmara para aprovar propostas de combate a corrupção que já tramitam no Congresso.
“O Senado Federal precisa cumprir sua função de elaborar leis e fiscalizar o poder Executivo”, defendeu o senador.
Taques criticou ainda a forma em que as matérias são votadas pelos colegas de parlamento. Segundo ele,  a rapidez na aprovação  é proporcional ao interesse do governo em aprová-las. 
Ainda, segundo o senador, as maiores causas de corrupção são as emendas parlamentares individuais, os cargos comissionados e o aparelhamento do governo por partido políticos.
 “Eu não tenho um cargo no Governo Federal. Não quero ter um cargo no Governo Federal, porque, para mim, partido político não é Sine. Para mim, partido político não pode fazer do Governo um pé de pequi, como se diz no meu Estado, em que se passa a mão. Eu não quero cargos. Não é essa a função de um Senador da República, não é essa a função de um parlamentar. Eu não quero emendas parlamentares, porque eu não sou despachante do Orçamento da União”, disse Taques ao defender um pacto pelo combate à corrupção que também trate de mudanças legislativas para o país na sessão plenária do dia 15 de agosto.
No discurso, Taques disse também que já alertou a presidente da República sobre os excessos de cargos comissionados. “Eu apoio a Presidente da República e disse a ela: Vossa Excelência não pode ficar refém do Congresso Nacional através das emendas parlamentares individuais e através da distribuição de cargos, como se cargos públicos fosse algo que pertencesse a Presidente e não ao Estado brasileiro. Nós temos que diminuir os cargos comissionados”. 
O senador defende que seja feita uma faxina nos ministérios e secretarias federais. “Faxina se faz com o lixo, e quem rouba o dinheiro público é lixo. Não podemos ter medo das palavras. Quem rouba o dinheiro público é nojento, porque o dinheiro público roubado causa vítimas que são indeterminadas. A corrupção mata, ela rouba o futuro de crianças. Nós temos que afastar o relativismo ético. Nós temos que resistir à corrupção, porque ela mata e rouba o futuro de uma geração” discursou. 
 

por Rojane Marta/VG Notícias

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