O Conselho Tutelar de Maringá promete apertar o cerco e investigar casos de adolescentes embriagados na cidade. Segundo o conselheiro Vandré Fernando, o "botão de alerta" foi acionado após uma adolescente de 13 anos ter sido embriagada e possivelmente estuprada por dois homens com mais de 30 anos, na zona sul de Maringá, na madrugada deste domingo (14).
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De acordo com Vandré, o abuso sexual da jovem ainda não foi confirmado pelo exame de conjunção carnal do Instituto Médico-legal (IML). "A garota está internada no Hospital Universitário. Estamos esperando ela se recuperar para fazer o exame", conta.
Segundo Vandré, a adolescente teria saído de casa, na noite sábado (13), sem o conhecimento da família. "Ela foi até a residência de uma amiga, onde as pessoas estavam consumindo grande quantidade de álcool", relata.
Um amigo da família teria visto a jovem e avisado os pais da garota. "Quando eles chegaram na casa, a menina estava completamente embriagada e dizia que havia sido violentada. Eles chamaram o Samu, que levou a garota até o Hospital Universitário", conta.
A garota entrou em coma alcoólico, e só foi recuperar a consciência após tratamento médico. "Quando voltou a si, a menina confirmou novamente que teria sido estuprada pelos dois homens. Eles já foram identificados. Um deles seria o tio da amiga da vítima", afirma Vandré.
O médico que cuida do caso no HU encaminhou a menina para realizar o exame de conjunção carnal no IML. "Se a situação for confirmada, vamos fazer a denúncia junto à Polícia Civil e pedir a prisão preventiva dos dois. Mesmo se não se constatar o abuso, eles devem ser indiciados por permitir que a garota ficasse embriagada na presença deles", fala.
Botão alerta
Por conta deste caso, o Conselho Tutelar informou que fará pressão para coibir a venda e fornecimento de bebidas alcoólicas a adolescentes. "Apertamos o botão alerta. Todos os hospitais da cidade foram orientados a nos avisar sobre os casos de adolescentes que derem entrada embriagados. Vamos investigar quem vendeu ou forneceu as bebidas aos menores", afirma.
Para Vandré, as famílias devem ficar atentas ao consumo de álcool entre os jovens. "É uma droga lícita, uma porta de entrada para a degradação de lares. No caso dessa menina, por exemplo, se ela não estivesse embriagada, a violência sexual possivelmente não teria ocorrido. Por isso é importante conscientizar comerciantes e pais sobre esse perigo", ressalta.
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