Empresas ganham dinheiro na internet estimulando a infidelidade
Responsáveis pelo negócio, contam que o lançamento no Brasil superou todas as expectativas e a arma de conquista é principalmente o sigilo e a discrição.
Responsáveis pelo negócio, contam que o lançamento no Brasil superou todas as expectativas e a arma de conquista é principalmente o sigilo e a discrição.
Uma mulher, casada há 15 anos, diz que para segurar o relacionamento trai o marido. “Estou buscando alguma vamos dizer um tempero, para preparar melhor a salada, é isso que estou procurando e acho que estou encontrando”, conta.
Um homem conta que buscou uma parceira, que também era casada, por curiosidade. “Não tive a sensação de arrependimento, não”.
Três empresas diferentes começaram a operar no país. Juntas, em menos de dois meses elas já conquistaram 370 mil brasileiros dispostos a "pular a cerca".
O serviço dos sites é simples: fazer e disponibilizar cadastros de quem está a fim de trair para que todo mundo encontre um parceiro. A psicanalista Gisele Groenihnga explica porque as pessoas traem, e não mais nos barzinhos.
“Esses sites ao mesmo tempo em que mudam a forma dos relacionamentos eles também atendem aquilo que se vive hoje que é uma sociedade muito consumista inclusive nos nossos afetos, nos nossos relacionamentos”.
Nos sites, pelo menos, por enquanto, a maioria é homem - 68% deles, contra 32% delas. O perfil mais comum é o seguinte: homens têm em média 42 anos, dois ou três filhos, e dizem trair para sair da rotina. Já as mulheres são mais novas: 33 anos, têm pelo menos um filho, estão casadas há sete anos ou mais, e traem por vingança.
“Agora muita gente vai perder o sono porque 56% das mulheres do Brasil já traíram pelo menos uma vez”, conta o gerente de site Jas Kaur.
Para passar da teoria à prática, essa mulher, que já fez sexo virtual, não quer saber de compromisso. “A traição para mim é o sentimento, acho que o sexo casual não é uma traição”.
A diretora de um dos sites tem pronta a resposta para o caso de ser acusada de promover a infidelidade: “nós não inventamos a infidelidade, nós aperfeiçoamos. Para pular cerca de maneira certa. Se for fazer, faça certo”, diz.
Clientes como Cristina não podem pedir o dinheiro de volta, mas também não pensam em tocar a matriz pela filial. “Não pretendo me separar jamais, pelo menos hoje não é a minha intenção, não. Eu quero viver até o meu maridinho morrer, fofo”.
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