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• Néviton e Totó buscam PSD para fugir de punição

• Dirigente acusa vereadores de não pagar taxa partidária

• 
  Divulgação 
  
  Vereadores Néviton Fagundes e Totó César estariam mirando PSD para fugir de punição no PRTB

  
  BRUNO GARCIA
  DA REDAÇÃO
  

  
  Na iminência de serem punidos pelo Conselho Nacional de Ética do PRTB, os vereadores por Cuiabá, Néviton Fagundes e Totó César, estariam articulando suas ida para o PSD - partido que está sendo criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) - para se livrarem das sanções. Os dois parlamentares, entretanto, negam a tentativa de mudança.
  Pelo apurado, a punição para Néviton Fagundes deve ser uma suspensão por 9 meses e Totó César por 6 meses. Nesse período, eles ficariam "congelados" no partido, inclusive, impedidos de exercer o cargo de vereador.
  Em caso de punição, o presidente estadual do PRTB, Samuel Lemos, informou que a direção nacional comunicará a suspensão dos políticos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que repassa a informação para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
  Na hipótese de suspensão, Samuel Lemos informou que os suplentes aptos a assumirem as vagas seriam Marcrean dos Santos e Wilson Quero-quero. "Em Goiás teve um caso semelhante, onde um deputado estadual foi suspenso pelo partido e o suplente assumiu", declarou o dirigente.
  Samuel Lemos acusou os vereadores de infidelidade partidária e não cumprimento das determinações partidárias, como de contribuição financeira e destinação de parte dos cargos de gabinete para indicação partidária.
  "Nunca repassaram nada para o partido e os cargos nunca foram indicados pelo partido. Isso foi comunicado ao Diretório Nacional, que irá avaliar essa situação. Pedimos a punição", afirmou Samuel.
  O dirigente afirma que Néviton e Totó "nunca" contribuíram com a taxa partidária, que é de 10% de salário, além de não abrirem 1/3 dos cargos comissionados - de indicação política - para serem ocupados de acordo com a conveniência partidária.
  Samuel também ressaltou que Néviton e Totó não reportam ao partido as decisões a serem tomadas no legislativo. "Eles nem buscam informação e votam fora da orientação partidária", declarou.
  O presidente do PRTB lembrou que o processo teve início em dezembro de 2010, quando a direção assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com os parlamentares, mas Samuel afirma que o combinado não foi cumprido pelos vereadores.
  "Eles não contribuíram com a taxa partidária, nem abriram as vagas para o partido e não vem cumprindo as determinações partidárias. Não cumpriram nada", resumiu Samuel Lemos.
  Outro lado
  Procurado pelo MidiaNews, Néviton Fagundes negou que tenha interesse em ingressar no PSD. "Não saio do PRTB. Vou continuar no PRTB e se o partido permitir serei candidato a reeleição", afirmou.
  Ele também afirmou buscará informações sobre o caso dele junto ao Conselho Nacional de Ética do PRTB.
  O vereador Totó César também negou que busca espaço no PSD, ressaltando a fidelidade partidária, que não permite a mudança de legenda. "Sou PRTB e estou trabalhando pela reeleição", disse.
  Quanto ao procedimento na Comissão de Ética, Totó César afirmou ter conhecimento, nos bastidores, da informação de punição, mas não foi notificado até o momento.