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sábado, 29 de novembro de 2014

Cuiabá Tudo na Hora - Autor da CPI da Cooamat, deputado José Riva e prefeitos também são investigados em operação, agora pelo STF

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Ministro Neri Geller e deputados estaduais José Riva e Dilmar Dal Bosco são investigados pelo STF
O juiz federal de Diamantino Fábio Henrique Rodrigues de Moraes Fiorenza remete parte das investigações da Operação Terra Prometida para o Supremo Tribunal Federal, em razão do possível envolvimento de “figurões” com foro privilegiado. Conforme decisão de declínio, são investigados agora pelo STF o ministro de Agricultura Neri Geller (PMDB), os deputados estaduais José Riva (PSD) e Dilma Dal Bosco (DEM), e os prefeitos de Itanhangá João Antônio Vieira, e de Ipiranga no Norte Pedro Ferronato.
Conforme a decisão, o chamado “Grupo Geller” era comandado pelos irmãos Neri, Odair e Milton Geller, donos de diversos lotes no Assentamento Itanhangá, realizando além da ocupação e exploração das áreas, também a negociação e venda a terceiros. Segundo relatos, a família Geller possui 18 lotes na comunidade Santa Emília.
Testemunhas dão conta de que Neri, considerado “braço forte político”, tinha dois lotes, mas vendeu para o fazendeiro Elio Faquinello, a fim de arrecadar fundos à campanha quando foi eleito segundo suplente de deputado federal ainda pelo PT, em 2010. Os demais membros da família também venderam as terras, restando somente Antônio Geller no local.
De acordo com o juiz, devido a família Geller ser detentora de vários lotes, o ministro Neri se empenhava para pressionar o superintendente do Incra, por meio do presidente do órgão de Brasília. Diante de toda a situação, as possibilidades do peemedebista em permanecer no Ministério da Agricultura se afastam ainda mais.
Ainda segundo a decisão, o relatório levantado aponta que os lotes 92, 94, 95 e 110 do Assentamento Itanhangá estão sendo ocupados por Clarisse Geller, Antônio Geller, Mareli Conrad Geller e Liara Conrad. Conforme relatos feitos pela Procuradoria da República de Mato Grosso, uma das testemunhas Adair dos Santos, que prestou serviços para Neri Geller em seus lotes, declara que o esquema criminoso envolvendo o ministro teve início em 1997, quando saiu pelo Incra os lotes para Adair e outras famílias. “Foi aí que começou as desavenças entre os mais fortes contra os mais fracos (...) Os créditos que o governo dava pras famílias assentadas, os mais ricos e poderosos tomavam (...) Que apesar de cada pessoa ode ter um lote, tem famílias com vários lotes, como o Grupo Versari, o Grupo Geller e o Grupo Fortes”.
Reprodução
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Trecho da decisão onde aponta que o ministro Neri Geller vendeu dois lotes para financiar campanha
A testemunha ainda relata que trabalhou nos lotes de Neri com extração de madeira, tirando tora. Diz que o ministro ia pessoalmente aos lotes. “Odair e Neri Geller vão lá até hoje, mas vão como autoridades. Na prática tudo é e Neri e não do grupo, já que ele não pode aparecer.”, dispara.
Em relação ao envolvimento dos deputados Riva e Dilmar Dal Bosco, há indícios de que ambos podem ter, em tese, atuado para favorecer grandes produtores rurais e empresas que desenvolvem atividades na região. Conforme denúncias nos autos, Riva tem propriedades na região em nome de laranjas. O deputado contava com a ajuda de Adão da Silva que “servia aos interesses de Riva”. “(...) pelo que sabe, Adão da Silva, em conluio com Riva, já indicou diversos lotes para laranjas do Riva (...)”.
Em outra denúncia consta que o social-democrata é articulador político de Itanhangá e da região, juntamente com os deputados Dilmar, Zé Domingos Fraga, Eliene Lima e o ministro Geller. No caso de Dilmar, relatos apontam que ele tem em torno de 30 lotes em nome de laranjas, os quais são administrados por Chiquinho da Rosa e Lauri da Rosa, que também são agiotas. Ambos andam fortemente armados, são muito perigosos e falam que têm “costa quente”, se referindo algumas vezes ao deputado democrata.
Outro lado
O deputado Dilmar Dal Bosco afirma que nunca teve nenhum lote no Assentamento Itanhangá e que não conhece Chiquinho nem Lauri Rosa. Explica que foi ao Assentamento enquanto parlamentar, pois é coordenador da frente parlamentar de regularização fundiária da Assembleia. Por isso, alega que cumpriu seu papel. “Já fui em audiência pública em 2012. O problema é que o Incra não funciona. Fui em reuniões em Novo Mundo, São José dos Quatro Marcos, Guarantã, Sinop e Terra Nova. Esse é o meu papel”.
Riva, por sua vez, também afirma que nunca teve envolvimento em qualquer esquema ou compra de áreas da União, nem mesmo em possíveis áreas de regularização fundiária. “Como deputado, meu papel foi colaborar e ajudar nesta questão famílias necessitadas de Mato Grosso”. Riva ainda diz repudiar qualquer ligação de seu nome na Operação Terra Prometida e desafia que apontem envolvimento ou indicação feita por ele com proprietários para estas áreas de assentamentos citados pela Polícia Federal.
Procurado pelo Rdnews, o celular de Neri Geller cai, de imediato, na caixa de mensagem.
http://www.rdnews.com.br/Cuiaba Tudo na Hora

Fonte Cuiabá Tudo na Hora - Antonio Joaquim assinalou que o Tribunal de Contas tem autoridade para encaminhar soluções, TCE irá propor para Taques TAG na área da Saúde de MT

Fonte: Cuiabá Tudo na Hora
Autor: João Batista de Oliveira
(Joãozinho)
O Tribunal de Contas de Mato Grosso vai propor ao governador eleito Pedro Taques, ainda no primeiro semestre de 2015, a assinatura de um Termo de Ajustamento de Gestão objetivando encontrar soluções para a área de Saúde. 

O documento terá como base os diagnósticos apontados na auditoria operacional feita pela Secretaria de Auditorias Especiais do TCE-MT e que será julgada no próximo ano, tendo o conselheiro Antonio Joaquim como relator. Ele antecipou a medida informando que essa proposta vai constar no seu voto. Segundo o conselheiro, "a auditoria revelou um quadro deprimente, de horror". O TAG dependerá de concordância do futuro governador. 

Os resultados preliminares da auditoria foram apresentados nos dias 26 e 27 deste mês, no II Fórum Municípios & Soluções, Diagnósticos e Desafios do Sistema Único de Saúde de Mato Grosso, organizado pelo TCE-MT. 

As auditorias operacionais abrangeram as áreas de Regulação Assistencial, Assistência Farmacêutica e Atenção Básica. Apuraram fluxos, processos, funcionamento, estrutura física de unidades, dotação e repasse de recursos, entre outros itens, tendo como foco a eficácia, a eficiência e a efetividade. 

O ajustamento de gestão faz parte do rol de medidas de intervenção que o Tribunal de Contas pode decidir como parte da fiscalização concomitante, a exemplo de medidas cautelares – as mais drásticas. 

Os diagnósticos serão recepcionados pelo conselheiro Antonio Joaquim já como um processo para julgamento onde podem ser feitas recomendações e/ou determinações. 

Os participantes do II Fórum, profissionais e agentes públicos que atuam na área da saúde do Estado e dos municípios, enfrentaram os dados negativos na perspectiva de encontrar soluções aos problemas apontados. 

Por isso, a ideia de propor ao novo governo a celebração de um Termo de Ajustamento de Gestão foi aprovada pelo conselheiro presidente Waldir Teis. Para ele, "a medida dará consequência ao trabalho feito pelo TCE-MT". 

Na mesma linha, o conselheiro Antonio Joaquim assinalou que o Tribunal de Contas tem autoridade para encaminhar soluções, antes de decidir por sanções contra os gestores. 

“É evidente que pretendemos construir um TAG levando em consideração a realidade econômica do governo e o fato de que se inicia uma nova gestão administrativa. Mas a medida pode ajudar o novo governante, pois trata-se de assunto de interesse da sociedade”, ponderou. 

O conselheiro informou que os diagnósticos estarão disponíveis para análise da equipe do governador eleito.

Fonte: http://www.cuiabatudonahora.com.br/2014/11/fonte-cuiaba-tudo-na-hora-antonio_29.html