Romilson Dourado
O prefeito Sebastião dos Reis, o Tião da Zaeli, disse nesta segunda que sabe das dificuldades eleitorais que encontrará num processo de reeleição mas que, se o PSD entender que deve entrar no páreo, vai se colocar à disposição. Ele enfatiza que as fontes que informaram este blog sobre suposto recuo de uma possível candidatura estão "furadas", embora ressalte que não tem nenhuma posição sobre o assunto - confira aqui a matéria. Comenta que, assim que foi publicada a matéria sobre eventual desistência da reeleição e de possível apoio ao nome do seu secretário João Bulhões, começou a receber diversos telefonemas, inclusive do presidente da Assembleia e principal liderança do PSD, deputado José Riva, que o questionou se havia "bebido gasolina". Tião comenta que foi enfático ao dizer que, se o partido respaldá-lo, vai manter em discussão a ideia de candidatura ao Paço Couto Magalhães.
"Hoje eu não tenho posição (sobre candidatura), mas estou à disposição do partido. Não tenho afobamento de ser candidato porque não faço da política profissão, em detrimento de outros que estão afobados", comentou o prefeito, evitando mencionar quem seriam os pré-candidatos que se mostram afoitos para concorrer à prefeitura. Insinua, indiretamente, que o recado seria para o senador Jayme Campos, que já está trabalhando o nome da esposa Lucimar Campos (DEM) para a disputa. Tião disse que, por conta da notícia de que poderia desistir, passou o final de semana entre uma pescaria na região de Barão de Melgaço e atendendo a telefonemas para dar explicações aos aliados.
Tião disse que vai tomar decisão junto com os sociais-democratas. Entende que há prazo longo para isso, já que as convenções acontecem em junho. Avalia que tem feito "boa administração", com ajuste da máquina e novos investimentos.
Para demonstrar que adota um novo jeito de conduzir a coisa pública, com foco mais empresarial e técnico em detrimento do político, o prefeito enfatiza que nomeou três novos secretários que nem possuem filiação partidária e ainda extinguiu duas pastas, a de Transporte Urbano e de Planejamento, fundindo-as com Finanças e Infraestrutura. Com isso, em pleno período de pré-campanha, reduz o tamanho da máquina, de 22 para 20 secretarias. De acordo com o prefeito, se fosse outro gestor, preocupado apenas com a reeleição, iria fazer o contrário, ou seja, ampliar a estrutura do governo, com oferta de cargos aos partidos, visando composições políticas.
Por enquanto, há uma "inflação" de pré-candidatos a prefeito de Várzea Grande, segundo maior município do Estado. Estão no páreo Lucimar Campos, Tarciso Bassan (PSC), os petistas Alencar Farina e Cida Cortês, os peemedebistas Nico Baracat e Walace Guimarães e o próprio Tião, que faz mistério sobre o projeto de reeleição.
O prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PSD), aproveitou a solenidade de troca de secretários, nesta segunda (26), para dizer que só irá decidir se vai disputar a reeleição em junho. “Não faço barganha porque não é meu estilo. Por isso, tenho a dizer que a troca de secretários foi uma convocação técnica e não composição política”, disparou, em referência à nomeação de novos secretários filiados ao PSD.
Os quatro membros do PSD ocupantes de cargos no primeiro e segundo escalão do Governo Silval Barbosa (PMDB) finalmente deixaram “o posto” nesta segunda (26). José Domingos Fraga, secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Adriano Breunig, de Ciência e Tecnologia e os presidentes do Cepromat, Wilson Teixeira, o Dentinho e do Fapemat, João Pedro Valente, estão oficialmente fora do Executivo.
